sexta-feira, 19 de março de 2010

Hoje é dia do Pai.

Meu Pai...




Durante o dia e depois de muita correria não deixei de me lembrar de ti. Do ser maravilhoso, que sempre esteve presente na minha vida até que alguém o levou para bem longe de mim e perto do outro (Deus). Este dia é particularmente triste para mim porque não posso desfrutar da tua presença física, da tua alegria de viver, do som da tua gargalhada. Conforta-me o facto de saber que foste aquele Pai que desejei ter. Presente, carinhoso, paciente, compreensivo, sempre com uma piada ou anedota para contar à filhota. Sabes Pai, esta vida nem sempre é fácil e nem sempre é como desejamos, mas com a minha força e com a tua força, porque sei que estás sempre comigo quando penso em ti, tenho conseguido. Ou melhor temos conseguido. Orgulho-me de ser tua filha de ter tido alguém tão belo ao meu lado como tu. Que me ensinou os conceitos básicos de ser responsável, coerente, sensata, carinhosa e amar a vida e os outros. Porque esta, por vezes nos parece sombria e é sempre bela porque o sol teima sempre entrar no quarto ou coração mais escuro.
Nem sei o que te dizer. Este desabafo deveria ser um poema. Mas é o que sinto.
E termino com eternas saudades do Pai que amo. Afirmando que és a minha luz, a minha protecção. AMO-TE MUITO.
P.S. Se leres isto de onde estiveres, aí mesmo ao lado de Deus, mando um abraço para ELE e um beijo muito doce para ti.

ASS.a tua eterna filhota

3 comentários:

  1. Ao ler isto até senti um nó na garganta...beijinho

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  2. tio Manuel Porfírio2 de maio de 2010 às 17:16

    Quando o teu pai partiu para Angola, eu era uma criança de cinco anos, tinha uma ténue lembrança da sua presença. A sua fisionomia era-me lembrada pelas fotografias a preto e branco que acompanhavam as cartas que iam chegando e que o meu pai e teu avô Claudino ia lendo de forma religiosa. Eram tempos difíceis e eu á medida que crescia habituava-me a respeitar o "padrinho" que quase não conhecia.
    Mais tarde, quando já sabia escrever e já ouvira as histórias do Fernando tantas vezes, resolvi escrever-lhe, tímidamente, tratando-o por você, respeitosamente escrevia ao irmão mais velho dezassete anos.Nessa altura era importante para mim ter um irmão, nem que fosse muito mais velho, mas era um irmão, era diferente viver com as irmãs todas elas mais velhas.
    Mas depois cresci, fiz-me um homem e um dia houve o regresso de África, doloroso nos dois sentidos, mas para mim compensador.Finalmente ao fim de tantos anos chegava o meu irmão Fernando e eu já era um homem. Rapidamente nos tornamos amigos e confidentes,fumavamos juntos enquanto ele me falava de ti e das tuas traquiniçes, bebíamos um copo enquanto lhe dizia como era bom tê-lo ali naquele tete- a- tete.
    Hoje sinto de novo saudades de ter privado com ele tão pouco tempo e de não poder de novo recordar as tuas traquiniçes.

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  3. Tio que bonito o teu comentário sobre o meu pai, o teu "Fernando", o meu Zé, :).Fiquei emocionada.obrigada.beijinhos
    S.V.

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